quarta-feira, 20 de abril de 2011

Como fazer para controlar o ciúme



Controlando o ciúme você e seu cônjuge poderam viver felizes para sempre.

       O ciúme não é uma única emoção simples, mas combinações múltiplas de várias emoções que podem aparecer em conjunto ou agrupadas e que são a inveja, seguida de raiva, ódio, pena, autocomiseração, vingança, tristeza, mortificação, culpa, vaidade, inferioridade, orgulho, medo, e ansiedade.
       Todo ser humano sofre de ciúme, seja ele moderado ou patológico ou é alvo ou instrumento do ciúme de outros seres humanos e como a sua manifestação é universal, os autores concordam em aceitar que seja normal na evolução do ser humano.

       Sua manifestação está sempre muito próxima da ansiedade e pode assumir diagnóstico grave ao persistir durante muito tempo.
       O sentimento do ciúme, juntamente com sentimento de que o objeto amado “pertence a mim” e “eu pertenço ao outro”, é parte da experiência humana normal.
       O ciúme é um sentimento normal quando surge como resposta a uma situação real, imediata, com sua duração limitada a um tempo que nem sempre é definido, porém certamente limitado.
       Quando o ciúme começa a se prolongar no tempo e aumentar de intensidade, alguma coisa deve estar acontecendo.
       O ciúme atua mais na esfera da angústia e da ansiedade, gerando, portanto, estados ansiosos mais persistentes.
       Algumas pessoas são mais ciumentas do que outras, mas há situações em que essa simples conceituação quantitativa do sentir começa a mostrar que numa determinada pessoa, o ciúme foge totalmente do seu controle, tomando uma porção considerável de sua vida, senão toda ela.

Quem é mais ciumento: o homem ou a mulher?

       Ambos os sexos sentem ciúmes, a diferença estaria nos motivos ou atribuições que levam ao ciúmes para cada sexo, no que é sentido como a ameaça.

Ciúmes é doença?

       O ciúmes não é uma doença, mas pode se tornar patológico (excessivo) ou ser sintoma de alguns transtornos, como transtorno obsessivo compulsivo, alcoolismo, demência, esquizofrenia, por exemplo.
       O ciúmes normal seria transitório, específico e baseado em fatos reais e o patológico seria uma preocupação infundada, irracional e descontextualizada.

A respeito desses transtornos, como o ciúmes pode se dar?

        Alguns dos critérios do Transtorno da Personalidade Paranóide que podem ser relacionados com ciúmes são a suspeita sem fundamento suficiente, de estar sendo enganado pelos outros; interpretar significados ocultos de caráter humilhante ou ameaçador, em observações ou acontecimentos benignos e, mais óbvio, ter suspeitas recorrentes, sem justificativa, quanto à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
        Os pacientes com demência costumam ter delírios de ciúmes, além de delírios com outros conteúdos. Em pacientes com esquizofrenia, o delírio de ciúmes é um dos sintomas positivos que podem surgir. No alcoolismo pode haver idéias delirantes de ciúmes, fazendo parte de um conjunto de fenômentos psicóticos durante ou imediatamente após o consumo.

Existe algum tratamento?

       O tratamento pode ser feito com psicoterapia (a linha cognitiva comportamental tem boa aceitação nesse sentido) e, no caso do ciúmes patológico, também medicação psiquiátrica, como neurolépticos.

Quando é necessário estar procurando ajuda profissional?

       Quando o ciúmes está fora de controle, prejudicando o relacionamento e/ou trazendo sofrimento, a psicoterapia é indicada.
        Às vezes, a pessoa ciumenta demais tem ciência de que suas reações são exageradas, mas ou não consegue controlar seu impulso de defender sua relação ou sofre calada, com mil pensamentos o tempo todo sobre o que seu par está fazendo, o que ele já fez, o que ele fará. Outras vezes, a pessoa acha que seu comportamento e suas desconfianças estão certas, fundamentada em suas crenças sobre quem é seu par, como as pessoas devem agir, como os homens e as mulheres são, se o outro é confiável ou não.

        Em ambos os casos, o foco da psicoterapia cognitiva comportamental são esses pensamentos que atormentam ou levam ao sofrimento (seja do ciumento, seja de seu parceiro) e os pressupostos dos quais esses pensamentos vêm, as crenças sobre si, o(a) parceira(o) e os relacionamentos em geral, para tentar diminuir e controlar o ciúmes. Outro foco são os comportamentos de vigiar, limitar, brigar, vasculhar, etc e as emoções associadas.

Qual é a importância do tratamento para o ciúmes excessivo?

      O ciúmes excessivo passa a minar o namoro/casamento/noivado, prejudicando ambos os parceiros. Além disso, o ciúmes é um dos motivos mais comuns para homicídios, sendo a vítima na maior parte das vezes a mulher (mas não exclusivamente), freqüentemente como resultado do término do casamento.

E a pessoa que sofre com o ciúmes do parceiro? O que fazer?

         Quando alguém é acusado injustamente de algo, ele começa a tentar se defender, nem sempre de maneiras legais e a situação começa a ficar insuportável.
         A pessoa que é vítima do ciúmes deve conversar com seu parceiro, explicar seus motivos para ter agido dessa ou daquela maneira na(s) situação(es) que desencadeou(aram) o ciúmes, desfazer os mal entendidos, não dar motivos (reais) para que ele sinta-se inseguro e reafirmar seu interesse e amor pelo parceiro, demonstrando isso das maneiras que se adequem ao seu caso em particular. Caso o ciúmes do parceiro persista é necessário procurar ajuda profissional.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...