terça-feira, 26 de abril de 2011

Eles querem falar de Sexo (Parte 3)


IMITANDO ADULTOS

       Um ardente beijo na boca. Um casal deitado na cama trocando carícias sob o lençol. Corpos nus rebolando. Na televisão, imagens como essas são comuns. E as crianças pequenas são expostas a elas sem saber o que significam. O resultado é que elas acabam querendo imitar esses comportamentos.

       Experiências de imitar os adultos podem levar a descobertas quando feitas em clima de brincadeiras. Mas atenção: se a criança mostrar agressividade ou medo no contato físico, ela pode estar sendo vítima de abuso sexual. Mostre-se aberto a escutá-la para ter mais informações e procure o conselho tutelar.

    A importância da Inclusão na escola

       Pessoas com deficiências físicas, mentais ou sensoriais manifestam sua sexualidade tanto quanto os demais. O problema é que muitos os consideram "anormais" e, portanto, vêem essas atitudes também como anomalias, segundo o pesquisador Hugues Ribeiro, do Departamento de Educação Especial da Universidade Estadual Paulista em Marília (SP). Ele recomenda tratamento igual para todos, com abordagem adaptada ao tipo de deficiência do aluno.

  • Com alunos com deficiência mental, é preciso tornar as informações mais acessíveis e repeti-las várias vezes usando linguagem simples, material concreto ou exemplos. Caso um aluno insista em passar a mão nos colegas, por exemplo, fale que isso não pode ser feito sem a concordância da outra pessoa e que existem situações em que o toque é permitido e outras em que não. Para facilitar a comprensão, mostre gravuras de cenas do cotidiano e pergunte em quais tocar é permitido. No consultório, o médico pode examinar o paciente? E no ônibus, um passageiro pode passar a mão nos outros? Entre dois namorados isso é aceitável? E com os colegas da escola?
  • Geralmente quem tem deficiência física apresenta auto-estima corporal baixa por não se enquadrar no "padrão da beleza". Falar do corpo, para eles, costuma ser difícil. Ajude-os contando histórias de pessoas com deficiência que se realizaram pessoal e profissionalmente. E adapte as atividades para incluí-los.
  • Alunos com deficiência visual precisam de material concreto para manipular, como modelos de orgãos sexuais e esquemas em alto-relevo.
  • Já quem tem deficiência auditiva nem sempre consegue explicar suas dúvidas para o educador, que muitas vezes tem dificuldades para transmitir as informações a eles. A solução é usar muitas figuras, diagramas e esquemas para facilitar a visualização e a assimilação dos conteúdos.
        Discuta as regras com todos os professores e funcionários para que as mensagens sobre limites sejam coerentes. Deixando claro que os alunos o que é permitido e o que é proibido, explicando os motivos.
Em casa analise o que você suporta ou não. É direito dos pais controlar o comportamento dos filhos.Tenha disponibilidade para ouvir seu filho e construir as regras com ele.

     Para ver a primeira parte deste estudo clique aqui.

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